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“O queijo é o salto do leite rumo à imortalidade” – Clifton Fadiman

“O queijo é a parte silenciosa de uma refeição.”

Na mesa onde o vinho ganha voz, o queijo escolhe o silêncio.
Mas não um silêncio vazio
É um silêncio pleno de caráter, memória e substância.

Não grita sabores, mas sussurra histórias.
Curado lentamente, espera, observa e só então, se revela.
Como um livro antigo, precisa de mãos calmas e olhares atentos.
Não se entrega à pressa. Exige escuta.

Se o vinho é verbo, o queijo é pausa.
Se o vinho é moldura, o queijo é a textura da tela.
Ambos são necessários, não para preencher a boca, mas para abrir o espírito.

Este queijo não é apenas produto de leite e tempo.
É testemunho de um ofício, de uma terra, de um cuidado que se herdou e se preservou.

Não se come para esquecer.
Come-se para lembrar.
Para sentir.

Que, entre tanto ruído, ainda há espaço para o essencial.

Martins & Rebello, Entre o verbo e o silêncio, o queijo fala por nós.